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Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
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domingo, 4 de maio de 2025 às 16:40 Postado por CultComentário 0 Comments



Diante da crise de criatividade do cinema após 1999, que abraçou com afinco as continuações ("Matrix Reloaded", "Matrix Revolutions"), reboots ("As Pateras", "Rei Leão"), adaptações literárias ("Harry Potter", "Senhor dos Anéis"), filmes de super-heróis (todos os filmes da Marvel Studios) e, atualmente, soft reboots ou sequências legado (retomada de Star Wars em 2015, Star Trek em 2009 e Pânico em 2022), tudo isso em detrimento de obras originais e mais arriscadas, que atingiram o seu ápice na virada do século, "Pecadores" surge como um filme cheio do frescor criativo de um cinema livre, que tem ares de independente, mas com investimento generoso de um filme de estúdio, encontrando o equilibro perfeito entre essas duas forças.

sábado, 18 de janeiro de 2025 às 20:13 Postado por CultComentário 0 Comments

O filme Nosferatu (2024), de Robert Eggers, emerge como uma releitura não apenas do clássico expressionista de Murnau, mas também como uma profunda exploração da psique humana e dos males da repressão. Com uma estética soturna que permeia cada quadro, Eggers não apenas reconta a história de vampirismo e obsessão, mas a ressignifica como uma jornada de vida marcada pela culpa.

Bottoms é tudo que as comédias adolescentes High School precisavam. Trazendo relações fora da esfera heteronormativa e se apropriando de convenções típicas de outros filmes (no tratamento da violência gráfica e da referência explícita a Clube da Luta), o longa cria uma identidade muito própria quando abraça as personagens típicas desse gênero de filme de maneira bem exagerada, criando um espaço distorcido com uma encenação do absurdo que amplifica e dá voz aos preconceitos mais ou menos contidos no mundo real.

segunda-feira, 1 de maio de 2023 às 16:35 Postado por CultComentário 0 Comments

Psicose 2 é um filme que carrega nas costas o peso de ser a continuação de um filme clássico que estabeleceu as bases para muito do que foi visto no cinema de terror depois. O próprio subgênero slasher deve muito ao Psicose de Hitchcock, que reproduzia todo o minimalismo do cinema clássico com precisão e muita inventividade, o que é típico do diretor e que trazia em seu próprio esquema de produção barato um indicativo dos novos rumos que o cinema iria tomar, com as nouvelles vagues pelo mundo e a quebra de alguns padrões de linguagem e temáticas adotadas pelo cinema tradicional. Nesse sentido, Psicose 2, na sua forma, é um belíssimo exemplo de como o cinema de Hitchcock influenciou praticamente todo um cinema que veio depois.

 

Olá leitores, como já é tradição, faço a lista de todos os filmes assistidos no ano de 2022, os incríveis 219 títulos, que também incluem algumas minisséries e curtas-metragens. Nesses dias de pandemia conseguia manter uma média de quase um filme por dia, em 2021 foram 322 títulos. Com a retomada das atividades, estágio e conclusão do meu curso, essa média caiu um pouco. 

sexta-feira, 1 de abril de 2022 às 15:41 Postado por CultComentário 0 Comments

A capacidade do cinema de horror de sugerir vários subtextos e se camuflar em vários gêneros é louvável. Há o slacher (terror com um assassino), o sobrenatural, o extremamente violento, o cômico, jocosamente nomeado de terrir, já "Fresh" mistura os códigos da comédia romântica, outro gênero esquemático e cheio de clichês como o terror (talvez até mais engessado e com sérias dificuldades em se reinventar), que são deliciosamente burlados para dar lugar a um longa desconfortável e nojento, no bom sentido, que me lembrou um pouco "Raw", porém com menos cenas gráficas e com um comentário social e feminista mais à vista.

domingo, 2 de janeiro de 2022 às 06:57 Postado por CultComentário 0 Comments

Olá leitores, como já é tradição, faço a lista de todos os filmes assistidos no ano, os incríveis 322 títulos, que também incluem algumas minisséries e curtas-metragens. Sou bem ativo no Letterboxd, inclusive essa lista foi gerada lá, por isso os nomes aparecem todos em inglês mas trazem um link com a página do filme no site ao lado do ano de lançamento. A lista completa está disponível aqui. Quem quiser me acompanhar por lá é só clicar aqui. Feliz Ano Novo a todos.

terça-feira, 6 de abril de 2021 às 04:19 Postado por CultComentário 0 Comments


Diversas vezes no cinema uma adição técnica surge. Desde a melhoria da imagem e o aumento da sua razão de aspecto, o acréscimo da cor e do som, o desenvolvimento de efeitos especiais cada vez mais rebuscados. E a cada inovação os profissionais eram obrigados a se reinventar e muitos perdiam permanentemente a sua colocação na indústria. Filmes como “O Artista” e “Cantando na Chuva” tratam dessas mudanças no contexto no advento do cinema sonoro e a dificuldade dos atores em se recolocar, pois passavam a ser avaliados inclusive pela voz.


Um casal vai à delegacia após o desaparecimento de sua filha e, enquanto tentam encontrar a menina, acabam descobrindo segredos e mentiras escondidos pela fachada de uma vida aparentemente normal.

 "O Farol", do diretor Robert Eggers, de "A Bruxa", é uma obra tão aberta e cheia de símbolos que é difícil esboçar uma interpretação. Será o personagem de Robert Pattinson um homossexual reprimido que é assombrado pela sexualidade, simbolizada pelo canto da sereia, e atormentado pela figura de um amante? Será ele um trabalhador que sonha em ser detentor das ferramentas de trabalho, simbolizado pelo farol, num mundo onde a ascensão social e o sonho neoliberal não passam de uma ilusão? Será ele e o personagem de Willem Dafoe o passado e o futuro de uma mesma pessoa atormentada por seus demônios? São esses dois personagens amantes que não podem consumar o seu desejo por incorporarem os preconceitos da época? 

domingo, 27 de setembro de 2020 às 04:23 Postado por CultComentário 0 Comments

"O Gigante de Ferro" é uma animação que tem uma magia inquestionável no seu clima nostálgico, remetendo à inocência da infância.

terça-feira, 5 de maio de 2020 às 12:28 Postado por CultComentário 1 Comment



"A Época da Inocência" é um filme que se destaca na filmografia de Martin Scorsese por trazer um retrato dotado de extrema sutileza e sensibilidade do diretor, que narra a história de um casal prisioneiro das convenções sociais e opiniões alheias que cerceiam a liberdade.


domingo, 12 de abril de 2020 às 12:14 Postado por CultComentário 0 Comments



Uma das coisas que mais me agrada no cinema é a variedade de discursos, de temas, de gêneros e histórias unidas pelo mesmo fio de uma mídia que potencializa as suas narrativas com o uso de imagem e som, nos provocando a sensação de textura, dor, medo, felicidade, realização, fluidez  coerência. No vídeo intitulado "All Movies Are Connected", compilado por Ignacio Montalvo, a semelhança entre planos em diferentes filmes destacam um curiosa unidade nos longas utilizados, uma unidade quase mística e que põe em evidência a riqueza do cinema e o quão inesgotável são as possibilidades dessa forma de arte.

sábado, 1 de dezembro de 2018 às 19:18 Postado por CultComentário 0 Comments



Logo nos primeiros minutos de "As Viúvas" somos impelidos  a entrar no dúbio mundo de criminalidade e violência de Chicago, ao mesmo tempo que vemos intercaladas cenas do mais puro intimismo daquelas pessoas, mostrando que Steve McQueen, de "Shame" e "12 Anos de Escravidão", sabe enxergar, assim como fizera Michael Mann em "Profissão:Ladrão", além do filme de gênero, entregando um retrato muito humano, envolvente e realista das suas personagens. 

sábado, 24 de março de 2018 às 18:59 Postado por CultComentário 0 Comments

Paul Thomas Anderson no set de "Vicio Inerente"

Dono de uma carreira praticamente perfeita e de uma narrativa madura e muito segura, Paul Thomas Anderson tem em cada filme uma pequena obra de arte que dificilmente não se destaca. Em 1997 dirigira "Boogie Nights", filme que retrata os bastidores da indústria pornográfica norte americana no final da década de 1970. Desde já é possível perceber um grande diretor atrás das câmeras e também se faz sentir a referência constante ao cinema de Martin Scorsese, principalmente na maneira como Paul Thomas Anderson inicia o filme, com um longo plano sequência que remete ao longo plano sequência de "Os Bons Companheiros" e na maneira como o filme conclui, num final que lembra o desfecho de "O Touro Indomável". No meio do caminho é possível perceber referências que vão desde "Taxi Driver", "Cassino", "Caminhos Perigosos", entre outros. O vídeo mais abaixo, editado por Jorge Luengo Ruiz, compila esses momentos com maestria, além de fazer lembrar grandes momentos da filmografia de Scorsese sob o prisma desta grande obra que é "Boogie Nights".


sexta-feira, 16 de março de 2018 às 22:44 Postado por CultComentário 0 Comments


Encerando um ciclo iniciado dez anos atrás com "O Homem de Ferro", "Vingadores: Guerra Infinita" promete ser o filme mais épico do Universo Cinematográfico da Marvel, sagrando uma empreitada nunca antes feita na história do cinema: criar uma série de filmes que se relacionam entre si e juntá-los todos num só evento cinematográfico que está reinventado a maneira como se pensam os grandes Blockbusters.

quinta-feira, 8 de março de 2018 às 06:26 Postado por CultComentário 0 Comments


Emprestando seu grande telento como contador de histórias, Spike Jonze, diretor de videoclipes e filmes como "Quero Ser John Malkovich",  "Onde Vivem os Monstros" e "Ela", foi contratado para dirigir o curta-metragem/comercial/musical do mais novo gadget da Apple, o HomePod, o alto-falante inteligente da Apple integrado com a assistente digital/chatbot Siri e que já está à venda nos Estados Unidos.

quarta-feira, 7 de março de 2018 às 17:11 Postado por CultComentário 0 Comments


Se nas Cerimônias anteriores do Oscar a premiação fora mais política e autocrítica em relação à falta de diversidade e representabilidade, a 90º edição da festa do cinema foi marcada por uma autoconsciência e certa burocracia em dividir os prêmios entre os principais filmes, sem surpreender nenhum pouco nas categorias principais. O grande destaque vai para o discurso performático e relevante de Frances McDormand, que capta o espírito das mudanças que já começam a acontecer em no cinema norte americano.




Lady Bird”, primeiro filme solo de Greta Gerwig na direção,  que já escrevera e atuara no ótimo “Frances Ha”, é um daqueles longas que se destacam pelas diferentes maneiras que podem ser lidos pelos espectadores. É uma história de amadurecimento, sem dúvida, mas não fala só do amadurecimento de Christine McPherson que se auto intitula Lady Bird. O amadurecimento de sua mão também ocorre no decorrer do filme e o desenvolvimento e as dificuldades da relação de ambas é o grande conflito do longa.




Guillermo del Toro é um diretor que consegue variar com muita qualidade entre os seus filmes que são Blockbusters, com altas pretensões de rendimento em bilheterias, como em “Círculo de Fogo”, “Blade 2” e os filmes da franquia “Hellboy” e entre os filmes que possuem características mais autorais do diretor e personificam suas pretensões temáticas de um cinema que flerta como o horror, com o conto de fadas e com a brutalidade de uma realidade que a fantasia trabalha para tornar mais suportável. Dentre esses filmes estão “Cronos”, “A Espinha do Diabo”, sua obra-prima “O Labirinto do Fauno” e seu prestigiado último trabalho, “A Forma da Água”.

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