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terça-feira, 28 de maio de 2024 às 06:37 Postado por CultComentário 0 Comments


"Mad Max" é uma franquia que reflete os anseios, percepções e visão de mundo de seu criador, George Miller. Dono de uma criatividade ímpar, de uma artesania invejável como realizador e de uma versatilidade poucas vezes vista entre diretores de cinema, Miller consegue sempre trazer, de tempos em tempos, essa franquia de volta à vida e, junto dela, projetar os sonhos e pesadelos mais profundos da humanidade (dentro e fora da ficção) que, cada vez mais, se afunda em guerras, desigualdades e em crises econômicas, sempre se vendo na necessidade de ressignificar ídolos e símbolos religiosos, num eterno retorno aos momentos de caos e intolerância, mas sempre encontrando figuras que combatem essa tendência, ao mesmo tempo que tentam sobreviver a ela. Se, ao longo de quatro filmes, essa figura foi simbolicamente encarnada por Max e seus coadjuvantes, aqui em "Furiosa: Uma Saga Mad Max", a personagem título toma esse papel para si.

terça-feira, 21 de maio de 2024 às 05:55 Postado por CultComentário 0 Comments


"O Fundo do Coração" conclui com um dos finais felizes mais tristes que eu já assisti. Coppola parece querer pôr em evidência a decadência da sociedade estadunidense, que é bombardeada por promessas de sonhos impossíveis na realidade material da vida. Por isso a constante fuga para um mundo imaginário, uma realidade distorcida em que as canções surgem para narrar as tragédias do sonho americano.

quarta-feira, 15 de maio de 2024 às 09:21 Postado por CultComentário 0 Comments


De "O Bebê de Rosemary" a "Os Meninos do Brasil", "Imaculada" lança um olhar que anda na linha tênue entre um filme convencional descartável de horror e uma experiência aterrorizante e, em alguma medida, marcante.

sexta-feira, 3 de maio de 2024 às 05:45 Postado por CultComentário 0 Comments

Nada mais poderoso que o desejo. Esse motor da vida, que embaralha tudo ao nosso redor e gera as tramas mais novelescas possíveis encontra aqui, em Challengers, uma atraente forma de beleza cinética (esse conceito foi explorado com maestria por David Foster Wallace em seu ensaio "Federer como experiência religiosa", presente na coletânea "Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo"). E não é de cinema que eu estou falando, mas de tênis. Esse esporte encapsula toda a ideia de consciência corporal e integração corpo e mente que beira à transcendência.



Com atraso, porém sem falhas, compartilho a minha lista de filmes assistidos, que conta com 112 filmes que eu assisti no último ano.

Destaco a ótima surpresa que foi conferir o meu primeiro Evil Dead no cinema. Oppenheimer, pra mim, foi uma volta à boa forma do diretor Christopher Nolan, que em seus últimos filmes parecia perdido num discurso grandiloquente e vazio. Felizmente em Oppenheimer todas as características do diretor se justificam e tornam a experiência desse drama histórico grandiosa.

domingo, 15 de outubro de 2023 às 07:34 Postado por CultComentário 0 Comments


 "O Exorcista - O Devoto" é um anúncio do esgotamento do modelo de franquia baseado na "sequência-legado", que sustentou a última trilogia "Halloween" realizada por David Gordon Green, que dirige este filme também, e vai levando adiante a franquia "Pânico". Também é um longa que evidencia o desgaste do conceito de "terror elevado" que popularizou os filmes da A24, que procurou colocar nos filmes de terror algum conceito mais reflexivo ou algum comentário mais profundo (algo que sempre fez parte desse gênero de filme). Os longas produzidos pela A24 só se diferenciam na forma como faziam isso, para o bem ou para o mal. Diante disso, esta nova encarnação de O Exorcista lida, basicamente, com os mesmos temas que o recente "Fale Comigo", adquirido pela A24, discorre, porém, de maneira um pouco mais interessante.

Bottoms é tudo que as comédias adolescentes High School precisavam. Trazendo relações fora da esfera heteronormativa e se apropriando de convenções típicas de outros filmes (no tratamento da violência gráfica e da referência explícita a Clube da Luta), o longa cria uma identidade muito própria quando abraça as personagens típicas desse gênero de filme de maneira bem exagerada, criando um espaço distorcido com uma encenação do absurdo que amplifica e dá voz aos preconceitos mais ou menos contidos no mundo real.

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