"Mad Max" é uma franquia que reflete os anseios, percepções e visão de mundo de seu criador, George Miller. Dono de uma criatividade ímpar, de uma artesania invejável como realizador e de uma versatilidade poucas vezes vista entre diretores de cinema, Miller consegue sempre trazer, de tempos em tempos, essa franquia de volta à vida e, junto dela, projetar os sonhos e pesadelos mais profundos da humanidade (dentro e fora da ficção) que, cada vez mais, se afunda em guerras, desigualdades e em crises econômicas, sempre se vendo na necessidade de ressignificar ídolos e símbolos religiosos, num eterno retorno aos momentos de caos e intolerância, mas sempre encontrando figuras que combatem essa tendência, ao mesmo tempo que tentam sobreviver a ela. Se, ao longo de quatro filmes, essa figura foi simbolicamente encarnada por Max e seus coadjuvantes, aqui em "Furiosa: Uma Saga Mad Max", a personagem título toma esse papel para si.
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