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sexta-feira, 3 de agosto de 2012 às 21:46 Postado por Gustavo Jacondino 0 Comments

 

Emoção. Essa é a palavra que melhor define o capítulo final da trilogia do cavaleiro das trevas que Nolan deu início em 2005 ao contar a origem do Batman nas telas, passando pelo segundo capítulo do devastador Coringa, que, na busca por corromper o povo de Gotham, fez o herói tornar-se ele mesmo vilão.


Nesse terceiro capítulo, enxergamos uma Gotham que não precisa mais de um herói mascarado, todavia também enxergamos um homem atormentado pelos traumas do passado, seja física ou emocionalmente. E o Alfred de Michael Caine consegue expressar tal melancolia em falas memoráveis. Mas por baixo dos panos um plano está sendo tramado, o que nos traz o poderoso vilão Bane querendo consumar a destruição de Gotham anteriormente planejada. Sua aparição e seus atos de puro terrorismo são capazes de representar uma ameaça nunca antes vivida pelo Batman de Nolan. Pela primeira vez vemos um vilão que, ao invés de armar às escondidas e de maneira imprevisível como o anárquico Coringa, investe na força bruta, no medo, na destruição e nas catástrofes. E ainda surge uma Mulher-Gato misteriosa, agindo mais como uma mercenária do que como uma vilã propriamente dita.


Como uma bola de neve, cada vez mais se avoluma as intrigas, planos, cúmplices e referências a personagens, que surgem aos montes e que acabam dando coesão aos filmes anteriores, sem nunca ser cansativo ou maçante, contando com eficientíssimas cenas de ação, com destaque para o ataque à bolsa de valores. O policial Blake de Joseph Gordon-Levitt acaba por exercer importante influência na trama, pela sua origem e pela atitude que toma junto ao povo de Gotham, tendo certo elo com Bruce. E a milionária  Miranda Tate tem sua relevância crescente no filme, com destaque para o final. O primeiro enfrentamento entre Bane e Batman consegue reservar momentos de forte violência e comoção, representando a queda, tanto de Bruce como de Gotham.

Nolan consegue conferir humanidade e tridimensionalidade a um complexo personagem da DC, evidenciando que sempre estava contando, desde o início, a história de um homem atormentado pelos medos, traumas, violência, de uma cidade que sofria pela presença de criminosos, por um povo que precisava de esperança. E esperança é uma palavra chave ao chegarmos ao final dessa fábula, evidenciando o recomeço, e principalmente, seu lado humano.


Direção: Christopher Nolan

Elenco: Anne Hathaway , Michael Caine , Marion Cotillard , Juno Temple , Gary Oldman , Joseph Gordon-Levitt , Morgan Freeman , Christian Bale , Tom Hardy

Roteiro: Christopher Nolan , Jonathan Nolan

Fotografia: Wally Pfister

Música: Hans Zimmer

Montagem: Lee Smith

Design de Produção: Nathan Crowley , Kevin Kavanaugh

Figurino: Lindy Hemming

Direção de Arte: Toby Britton

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