Episódio escrito com maestria e dirigido com precisão. Se baseando em tudo que já fora desenvolvido em torno dos personagens, James Wong e Glen Morgan passam agora a explorar o choque de Scully, essencialmente cética, com o sobrenatural, relacionado com a morte do pai e a presença perturbadora de um vidente.
Os escritores já acertam em criar certa intimidade natural dos agentes, quando Mulder passa a chamar Scully pela seu primeiro nome, Dana. O caso investigado envolve um serial killer, e funciona muito bem com os recursos usados por David Nutter para narrar a sua história, construindo um ambiente tenso e sombrio, utilizando imagens inseridas pela montagem na descrição do assassino pelo vidente ou mesmo quando Scully olha para uma cadeira à sua frente, na esperança de rever a aparição que teve de seu pai. O diretor também emprega muito bem o uso de fusões e trabalha com o foco da câmera para evitar cortes e construir uma narrativa visual econômica.
A própria descrença de Mulder neste episódio, desta vez ele sendo o cético, funciona para contrabalancear a trama. A conclusão fica entre as duas interpretações, sem mastigar demais as informações e sendo sutil o bastante para que termine de maneira apropriada. Facilmente está entre os melhores da temporada e de toda a série.
Escrito por:
Glen Morgan
James Wong
Dirigido por:
David Nutter
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