De maneira envolvente e cativante, o diretor Brad Bird nos apresenta um filme que sorri ao futuro, de maneira esperançosa e cheia de vida, enxergando a oportunidade de se criar maravilhas. É com essa ideia em mente que o filme envolve o espectador, que passa, a partir de conflitos fáceis de se identificar, a se sentir o participante de uma aventura clássica.
A ação é muito bem orquestrada e o elenco feminino é soberbo, convencendo a cada instante desde quando aparecem na tela. O jogo de cores, do dessaturado ao colorido e brilhante é óbvio mas bem empregado.
Algumas ideias não se sustentam no decorrer do longa, como a que envolve o objeto responsável por transportar as pessoas à Tomorrowland, servindo para criar a estranheza habitual que espectador e personagem devem sentir ao inicio da história, além de construir alguns momentos engraçados, mas terminamos sem saber ao certo como acontece a vivência em Tomorrowland sem a pessoa se matar.
O final acaba sendo conduzido por diálogos expositivos, um vilão deslocado, um sacrifício previsível e um um último corte que se estende tempo demais. Quase apaga tudo que vinha sendo construído, mas a verdade é que há muito não se vê mais no cinema um futuro que não seja uma distopia pessimista que, ao vermos esse material, parece que reacende uma centelha de esperança, de que podemos construir um futuro melhor, se assim quisermos. E só por nos manter focados nessa ideia durante suas duas horas, e por consequência mais além, o longa já tem seus méritos.
Direção: Brad Bird
Roteiro: Brad Bird e Damon Lindelof
Música: Michael Giacchino
Elenco: George Clooney, Britt Robertson, Raffey Cassidy, Hugh Laurie, Tim McGraw, Thomas Robinson, Pierce Gagnon, Kathryn Hahn, Keegan-Michael Key, Judy Greer.
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