"O Farol", do diretor Robert Eggers, de "A Bruxa", é uma obra tão aberta e cheia de símbolos que é difícil esboçar uma interpretação. Será o personagem de Robert Pattinson um homossexual reprimido que é assombrado pela sexualidade, simbolizada pelo canto da sereia, e atormentado pela figura de um amante? Será ele um trabalhador que sonha em ser detentor das ferramentas de trabalho, simbolizado pelo farol, num mundo onde a ascensão social e o sonho neoliberal não passam de uma ilusão? Será ele e o personagem de Willem Dafoe o passado e o futuro de uma mesma pessoa atormentada por seus demônios? São esses dois personagens amantes que não podem consumar o seu desejo por incorporarem os preconceitos da época?