"O Acossado" é o tipo de filme que faz com que outros títulos, como "Bonnie
e Clyde", "Quem Bate a Minha Porta", "Taxi Driver", "O Poderoso Chefão", "O
Passageiro" ou mesmo "Sob Domínio do Medo", só para citar
alguns exemplos da prolífica década de 1970 no cinema norte americano,
comecem a serem vistos como consequência da influência de um movimento
cinematográfico extremamente criativo e possivelmente o mais importante
da história do cinema, chamado Nouvelle Vague.
Michel rouba o carro de um militar americano em Marselha, mata um policial no caminho para Paris e, ao chegar lá, encontra sua namorada Patrícia, tentando convencê-la à acompanhá-lo à Itália, onde acha que encontrará refúgio.
Esse primeiro filme de Godard até hoje não passa despercebido, uma vez que o ritmo do longa é único, rompendo com todos os padrões estilísticos de um cinema que vinha sendo produzido até então. Para um filme de quase 90 minutos, parece que dura bem menos que isso, pois sua montagem é constituída de cortes secos e jump cuts ágeis, recursos referenciados por Scorsese, por exemplo, através do filme que lhe deu Oscar, "Os Infiltrados". Sempre através de uma câmera que remete ao estilo documental que parece uma espécie de herança do Neorrealismo italiano, fazendo citações à outros filmes do decorrer da trama e narrado com espontaneidade tal qual os seus personagens se relacionam, o filme é uma síntese de como o cinema, por vezes, não precisa ser tão formal e que a criatividade independe de uma forma definida, mas unicamente carece que o cineasta tenha, acima de qualquer enredo, Paixão por seus personagens.
Direção: Jean-Luc Godard
Música: Martial Solal
Roteiro: Jean-Luc Godard
Fotografia: Raoul Coutard
Elenco: Jean Seberg, Jean-Paul Belmondo, Daniel Boulanger, Jean-Pierre Melville, Henri-Jacques Huet
Data de lançamento: 7 de março de 1961
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