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domingo, 12 de julho de 2015 às 08:47 Postado por Gustavo Jacondino 0 Comments

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Estabelecendo-se como uma compilação de momentos eróticos vivido pelas suas personagens, Império dos Sentidos mostra a obsessão pelo prazer levado ao extremo e ao exagero. Exagero passa a ser a palavra-chave quando somos confrontados por sequências que nos chocam, como uma ejaculação, a iniciação de uma virgem, estupros, estrangulamentos e por fim uma mutilação insana. Tudo isso torna o filme praticamento pornográfico. Partindo da noção de que se trata de uma história real, é mais chocante ainda, mas falta ao filme certo clima lírico, simbólico ou mesmo surreal, que seria bem vindo para que pudêssemos tentar imaginar o que passa na cabeça daquelas pessoas ou mesmo para tornar a experiência mais fácil de digerir.

O filme segue uma abordagem sóbria e objetiva na sua narrativa, aumentando cada vez mais o incômodo proporcionado pelas cenas mais pesadas. As interpretações são magistrais, o filme trabalha com cores bem apropriadas, com bom uso da presença do vermelho. Uma cena em particular, que envolve a inocência da nudez infantil, rima com a nudez das personagens e nos faz pensar em seus passados. Mais uma vez queremos entender quem são aquelas pessoas e somos confrontados de maneira objetiva com suas atitudes.

Impérios dos Sentidos é como entrar num universo que não queremos fazer parte, em que o expectador poderia encontrar mais suavidade numa abordagem mais plástica, surreal, onírica ou mesmo esteticamente mais envolvente, todavia tornar essa experiência agradável não é  o objetivo do diretor.

Data de lançamento: 15 de setembro de 1976 (Dinamarca)
Direção: Nagisa Ōshima
Música composta por: Minoru Miki
Fotografia: Hideo Itoh
Roteiro: Nagisa Ōshima
Elenco :Tatsuya Fuji, Eiko Matsuda, Aoi Nakajima


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