
Quando estreou nos cinemas, “A Vigilante do Amanhã - Ghost
in the Shell” passou - me a forte
impressão de um filme que contava com um departamento de arte primoroso e uma
ambientação fortemente inspirada em “Blade Runner”. A sequência inicial que
retrata a ciborgue Major interpretada por com muito charme e competência por Scarlett
Johansson é simplesmente espetacular pelo seu realismo e inquietante por nos
fazer enxergar um corpo humano sintetizado. Mas a frustração causada por este
filme só cresce ao percebemos que quando este se pretende discorrer sobre a
condição de sua protagonista, sua razão de ser, suas sensações, percepções e
sobre a principal questão do filme, o que a diferencia de um ser humano, o
roteiro não desenvolve questionamentos instigantes, mas se limita a filosofar
com frases de efeito. Sua conclusão deixa muito a desejar e quando vemos a
protagonista destroçar seu próprio corpo num tanque-aranha temos a sensação de
assistir a algo visualmente brilhante, mas com um enredo imaturo ainda, dando a
impressão de uma oportunidade perdida.
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