Ao longo dos anos, o cinema de super-heróis tem apostado em uma paleta cada vez mais dessaturada, escura e lavada. Até mesmo os filmes da Marvel adotaram um visual desbotado, guiado por um realismo fotográfico que tenta aproximar esses personagens de um mundo que se pareça com o nosso. James Gunn já apontava para outra direção em sua trilogia "Guardiões da Galáxia", mas é em "Superman" que ele abraça de vez o lúdico sem pudor: dirige um filme solar, colorido, fantasioso e vibrante, exatamente como o espetador desgostoso do Superman sombrio de Zack Snyder ou do Homem-Aranha desbotado de Jon Watts sempre sonhou. Ao dar vazão ao encantamento dos quadrinhos, Gunn não só prepara uma nova geração para o novo universo da DC, como também faz aquele adulto que comprava gibis do Flash, do Superboy ou do próprio Superman na banca de jornal lembrar o quanto era gostosa aquela infância.
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