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sábado, 3 de maio de 2014 às 16:36 Postado por Gustavo Jacondino 0 Comments


Peter Parker (Andrew Garfield) retorna como Homem-Aranha, cada vez mais experiente em deter o crime em Nova York, mas se envolvendo em situações embaraçosas, especialmente com sua namorada Gwen Stacy (Emma Stone) e sua tia May (Sally Field). Peter está preocupado com a promessa feita ao pai de Gwen, de que se afastaria dela para protegê-la, ao mesmo tempo ele precisa lidar com o retorno de um velho amigo, Harry Osborn (Dane DeHaan), e o surgimento de um vilão poderoso: Electro (Jamie Foxx).


Se em “O Espetacular Homem Aranha” o que soa mais genuíno e crível é a interação entre Peter e Gwen, mais do que o vilão caricato, as medianas cenas de ação, a falta de emoção no clímax e a desnecessária busca pelo passado de seus pais, que pouco acrescenta ao filme em questão, porém, nesse novo filme o passado do casal Parker já é revelada nos primeiros minutos e, apesar de ser uma história paralela que só serve para dar um ar de predestinação à Peter, rende sim uma boa e tensa sequência de ação, qualidade que vai permeando o filme como um todo. E parece que Marc Webb entendeu que a ação com o Homem Aranha pode ter seus toques cômicos, menos presente nos filmes anteriores, mas que torna este novo filme uns dos melhores do personagem.

Agora a caricatura cai em Max Dillon, interpretado por Jamie Fox, mas que consegue fazer um vilão perfeitamente compreensível em suas motivações e lembrando a maneira que Jim Carrey caracterizou o seu Charada em “Batman Eternamente”, pois aqui Marc Webb já estabeleceu um universo colorido e dinâmico.


A trilha regida por Hans Zimmer e Pharrell Williams limita-se simplesmente a conduzir o filme, sem vida própria fora dele, mastigar as suas emoções mais obvias, e lamentavelmente saímos do cinema sem uma trilha realmente boa para o personagem.

Andrew Garfield, mais a vontade no papel de Peter Parker, continua em sua composição Hipster do personagem, própria de uma nova geração, e que gosta de ser o Homem Aranha, de combater o crime, fazer piada de seus inimigos e de namorar Gwen Stacy. É nessa interação entre os dois jovens que temos a mão de Marc Webb para conduzir a força motriz desse filme: a dramaturgia forte e crível presente entre Gwen e Peter.

Ainda assolado por representar uma ameaça em potencial para Stacy, Parker tenta lutar contra si mesmo, enquanto somos apresentados à Harry Osborn, outro personagem que vai se mostrando menos caricato do que parece, compondo um Duende Verde realmente ameaçador, juntamente com Electro,  e esteticamente bem mais interessante que os anteriores.

Um filme que esteticamente remete muito bem aos quadrinhos, possui equilíbrio entre humor e ação, bons vilões em um clímax perfeito e uma dramaturgia bem pensada e desenvolvida que torna o seu final mais sombrio, e se poderíamos achar que o áudio de um certo discurso de formatura poderia soar clichê, por mais que seja, é exatamente o que queremos, aquelas palavras de conforto para algo pesado demais para se carregar.


Direção:  Marc Webb.

Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci & Jeff Pinkner.

Trilha Sonora: Hans Zimmer e Pharrell Williams

Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Sally Field, Colm Feore, Dane DeHaan, Campbell Scott, Chris Cooper, Embeth Davidtz, Marton Csokas, Denis Leary e Paul Giamatti.

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